Sonhei contigo. Outra vez. Talvez influência inconsciente de te ter visto, de me ter sentado do outro lado da sala mas na mesma fila, sem ninguém entre nós, virei-me para ti e olhei-te sem medo... ou com medo mas não lhe dando o habitual espaço e reino. Ficou-me a recorrente sensação de que não me olhaste porque sabias que eu o fazia. Olhavas para o gajo a babar atrás de ti mas só me vias a mim. Estou a delirar? Sou ingénua? Siiiiimmmm, eu sei que sim. Mas que interessa isso? Sonhei contigo, e isso ninguém me tira. Entraste e não sais. Sem o quereres, talvez, sem o saberes, se calhar, sem acreditares, de certeza. Entra e não saias.